Despido de preconceitos e ideias preconcebidas. Tal como a vida.

29 dezembro 2007

entretanto...

aprendi a ser pequeno...

despido...

. vi um documentário sobre as privações na coreia do norte onde uma criança comia lixo numa rua de lama sob o olhar indiferente de quem passava e de quem estava, acreditei, desse documentário que nos talhos vendem carne humana. o autor do documentário tentou emigrar para a china!!! para conseguir uma vida melhor!!! parece que foi morto por guardas chineses...

. tenho no meu computador o vídeo de um jornalista americano no afeganistão a ser decapitado com uma faca de caça.

. tenho no meu telemóvel vídeos do que fizeram a uma mulher no iraque porque namorava com um rapaz de outro credo. ela chamava-se dua khalil aswad e foi morta na rua, no meio de uma turba de anormais. foi morta com pontapés no corpo, com pancadas na cabeça, com dor, solidão e com uma selvajaria indiscritível.

este é o mundo onde vivo. isto é o que tenho para deixar aos meus. não posso deixar de relativizar as minhas dores, estou aqui, a olhar para ti e a pensar: e se...




eu faço o culto do respeito. faço o culto do amor. tenho que investir no melhor, tenho que ser superior ao sofrimento.



Bhutto

27 dezembro 2007

aprendi a ser pequeno

tinha pensado uma ou duas coisas para deixar aqui mas não anotei e perdi.

estou um pouco frustrado mas, entretanto...


aprendi um sorriso novo





while you are away
my heart comes undone
slowly unravels
in a ball of yarn
the devil collects it
with a grin
our love
in a ball of yarn

he'll never return it

so when you come back
we'll have to make new love

12 dezembro 2007

Imóvel, inconformado...

às voltas e voltas, acabo sempre no mesmo sítio, aqui, aqui, aqui... aqui estou, aqui vou ficar, enrolado no espelho, aqui, sem pensar em nada...

estou no ponto em que olho para a minha gordura e não me parece incómoda, prostrando, prostrando, olhar baço a respirar o cansaço.
Não caias aqui, está comigo um ente que se enrola no pescoço e me impede de gritar, balofo, abóbora... está frio!!!

(tretas...)


sonhei que o meu anjo definhava nos meus braços, sonhei que um abutre pairava no seu céu e o levava, sonhei a morte do meu canto, sonhei o dia em que ele se apagava.

08 dezembro 2007

Sobre a luz...

e sobre o tempo.

Já consigo olhar desempoeirado para trás e recordar as várias tonalidades e intensidades da luz que me ilumina. Agora que cumpro metade da minha vida com a partilha do tempo e da luz de outra vida sei que daqui para a frente passei mais tempo contigo do que comigo. É esta a luz que trago comigo. Esta. Por mais voltas que o tempo dê ou que eu me queira sentir bem ou mal, o facto é simples: Foi esta a luz que me iluminou e foi este o farol que eu segui. Simples. Se perdi ou ganhei com a minha opção ou se outras ocasiões me passaram ao lado é matéria que me levaria uma vida inteira a ponderar. E por isso não me preocupa, não tenho tempo para tanto :)
A realidade é simples, faz agora vinte anos estava no céu e ainda lá estou. É este o meu projecto e sou muito bem sucedido nele, até porque foi para ele que eu apontei a minha luz. A nossa vida é o que fazemos dela e quando tomei decisões queimei pontes, não pude voltar para o meu conforto. Simples, é simples, olha ali para cima, ao lado daquela estrela, estás a ver? Sou eu, estou-me a rir. E se não virares a tua luz para os sapatos vais perceber que estás ali, um pouco mais ao lado a dizer olá para ti. É tudo uma questão de para onde apontas a tua lanterna.

22 novembro 2007

*catch your breath*

E eu mais uma vez no mesmo sítio.Às voltas.Exactamente ali, nem um único milímetro mais à frente, no mesmo lugar.O meu lugar.Tão explorado e percorrido e exaustivamente analisado que eu julgava nunca mais ter de voltar.Mas volto.Vou.Fico.Incontornavelmente.Como ver o mundo pelos meus olhos.Ou senti-lo com o meu corpo.

















Julgo que a culpa é do Quase.Por não ser totalmente.Porque há muito em mim que é Quase.As coisas guardadas no limbo viscoso entre recordação e realidade, as mágoas de outros tempos Quase ultrapassadas e o facto de Quase não chorar pelas lágrimas que chorei quando ainda a mágoa não tinha Quase passado.Os recomeços em que se deixam para trás promessas incumpridas e votos quebrados e Quase se acredita numa nova primeira vez.A química avassaladora das sensações antigas, a vontade, a água na boca e o tornarmo-nos depois tão Quase imunes ao seu apelo.As coisas de que Quase não me lembro.Momentos, rostos, sabores, palavras.Trocas.

A verdade é que as coisas que passam permanecem.Falo em cicatrizes da alma, em marcas do coração.Falo das coisas que ficam.Do rasto.Do resto.Das moinhas.Falo dos lugares.Dos fantasmas que vencemos toda a vida e que a mesma vida inteira nos assustam.Dos desejos satisfeitos mas nunca saciados.Das respostas eternamente incompletas por muito que façamos a pergunta.Ou que deixemos de a fazer.

o meu Quase é a minha cansativa persistência.
... está na hora de esperar bem.




Transport, motorways and tramlines,
starting and then stopping,
taking off and landing,
the emptiest of feelings,
disappointed people, clinging on to bottles,
and when it comes it's so, so, disappointing.

Let down and hanging around,
crushed like a bug in the ground.
Let down and hanging around.

Shell smashed, juices flowing
wings twitch, legs are going,
don't get sentimental, it always ends up drivel.
One day, I'm gonna grow wings,
a chemical reaction,
hysterical and useless
hysterical and

let down and hanging around,
crushed like a bug in the ground.
Let down and hanging around.

Let down,
Let down,
Let down.

You know, you know where you are with,
you know where you are with,
floor collapsing, falling, bouncing back
and one day, I'm gonna grow wings,
a chemical reaction, [You know where you are,]
hysterical and useless [you know where you are,]
hysterical and [you know where you are,]

let down and hanging around,
crushed like a bug in the ground.
Let down and hanging around.




é a minha vez de colar...

espero que gostes

20 novembro 2007

sobre o meu cansaço

ainda não saí da minha varanda, ainda não encontrei nada que me valha mais investir. às voltas e voltas, acabo sempre no mesmo sítio, aqui, aqui, aqui... aqui estou, aqui vou ficar, enrolado no espelho, aqui, sem pensar, um dia vou cantar a música que me afasta, mas esse dia ainda não chegou, portanto vou tirar proveito do meu dia!

"as peças a encaixar, os movimentos a dançar, assim tão simples, assim tão simples..."

não digas que nunca ninguém te contou uma história para dormir, é mentira, como mentira é o meu cansaço. é uma mentira que eu uso para terem pena de mim e me mimarem e me contarem mais uma história, a tal, a que me vai adormecer quando eu deixar de me sentir cansado, quando eu já não precisar dela.

13 novembro 2007

06 novembro 2007

Pausa

o blog volta dentro de momentos



até já, vou jogar na playstation...

01 novembro 2007

fantástico!!!

I power blogger!!!

simplifico, atom"izo", recebo tudo o que é comentários no meu mail... o completo SIS, de óculos escuros e tudo, não há blog que me escape, qual olho de Tolkien...


só lamento que nesses momentos de poder estou, de facto, a olhar para o monitor em vez de encarar o meu espelho que me diz que sou eu e que preciso tanto que descubram o meu talento...

(repito-me)

roubei sim, não digo de onde mas causou-me uma tristeza infinita, um frio, passo a vida a roubar, roubo o sucesso dos outros, roubo e abuso...
olhem para o meu espaço, não soube construir um maior mas não me coíbo de diminuir o dos outros. talvez assim não se note quão pequeno sou. talvez assim não se questione a minha pequenez. o problema não sou eu, são os que sem valor reconhecido por mim (o tal...) insistem em crescer mais do que o nada que eu sou.


nada, não admito!!! I power, nem que seja só um pózito...

28 outubro 2007

Motion Sickness



Rows of houses all bearing down on me
I can feel their blue hands touching me
All these things into position
All these things we'll one day swallow whole
And fade out again and fade out

This machine will not communicate
These thoughts and the strain I am under
Be a world child, form a circle
Before we all go under
And fade out again and fade out again

Cracked eggs, dead birds
Scream as they fight for life
I can feel death, can see it's beady eyes
All these things into position
All these things we'll one day swallow whole
And fade out again and fade out again

Immerse your soul in love
Immerse your soul in love.


Radiohead

21 outubro 2007

...bora.

um dia usaram a palavra "candura" para definir um post meu. dia bom, dia feliz.

agora a palavra apropriada seria "abóbora" porque não te mexes e te sentes pesado, trazes o passado e o presente enrolados na tua cabeça e não te consegues mover.

olhei a tua fotografia imóvel no tempo, no espaço e nos anos. olhei o teu corpo parado, colocado no meu presente sem o peso dos anos, congelado no tempo, algures no tempo, algures no meu presente.
não minto se disser que lamento a evolução que nos impede de decidir, o peso das coisas, coisas e coisas que carregam o meu saco. quando estás bem com elas são a graça dos teus dias, quando te complicas são coisas...

...bora, abóbora, mexe-te. vá, mexe-te. algures no teu presente tens a fotografia nua, o teu mais íntimo, o teu mais tu, mais aliviado das coisas com que tu te prendes, mais real, o teu sorriso, o teu eu!

olhei a fotografia de um estranho, era eu...

13 outubro 2007

adjectivos

homem perdido
cabeça confusa
vida incógnita
amores desperdiçados
coração despedaçado
alma sem casa
mãos vazias de paz...
noites mal dormidas...
sonhos por cumprir

roubei sim, não digo de onde mas causou-me uma tristeza infinita, um frio...


um grande amigo mostrou-me à muitos anos que eu não ia ser feliz. não o ouvi, não segui o seu...

estou aqui, a ver onde vou... espero que seja forte.
(não tem como não ser)


...despido...

06 outubro 2007

borboleta

ao meu pássaro que canta...
com o som que escuta, deixa-se dormir.

ao olhar que me fixa, molhado, curioso, um beijo.

com as mãos que te toco, com as palmas na pele contorno-te, moldo-te.

sem sentido, sem tempo, transporto-me. viajo no olhar. o mundo rodeia rodeia roda, roda, sorris o meu sorriso.


lentamente...

com

o

teu

cantar

...


adormeces



impossível de transcrever.


é este é, eia, vamos...

05 outubro 2007

Como deseducar

primeiro convencer os pais que é normal, anormal é sentir que o vosso filho está a sofrer
depois, não ligar, é uma fase do crescimento e temos que ser felizes, pagar e rezar pelo "são pedro"
amigo! o que tu pagas por mês não interessa, tu não percebes nada.
eu sei que ele aparenta felicidade e aqui anda triste... não interessa o passado, não interessa o futuro, interessa o presente e o presente é caro e por isso aparenta ser bom...

esesefossemtodosfoder.

vou buscar o meu filho à escola e vou-lhe pedir que diga adeus.


nem mais um tostão

27 setembro 2007

às vezes pergunto o que o meu pai me diria se me visse hoje...


repito-me...


... vou ter com o pombo que se recupera no meu quintal, vou ligar o motor do barco que me leva lá com o Vital, vou comprar sardinhas a terra, como se vivesse no espaço, vou nadar, vou voar e comprar pão, tinta, uma âncora e carvão...

Ainda não é desta que se vêm livres de mim...

continuo à procura da tecla do "draft"

"draft" o dia de anteontem quando disse a quem mais amo que a odeio.
"draft" o fim-de-semana passado quando não tive coragem de ir ver um grande amigo ao hospital
"draft" o desânimo, "draft" a falta de energia, a falta de motivação, "draft" o "death wish"
"draft"
"draft"

estava a brincar, alguém reparou no que eu fiz? alguém ouviu o que eu disse? ler ninguém leu porque eu não cheguei a publicar, ficou em "draft"... a minha vida em...

faz de conta...

por falar nisso, tenho em "draft" algumas ideias que até eram capazes de resultar, a ver:

"publish" sorrir mais
"publish" pendurar candeeiros cá em casa

vou jogar rugby com o Pedro
vou deixar o João abusar de mim...

prometo a mim mesmo ir dançar a rumba com o mundo e mimar mais quem, como eu, tem metade da vida em "draft", porque os outros, sim, tu... não precisam.



beijos a todos (e a ti também)

reparo que estou a desabafar com um computador...

21 setembro 2007

Sobre o roubo e a trovoada...

(roubado)

Conformar-me com o destino dos amantes, e com as fórmulas verbais feias que servem apenas para evitar o « Odeio-te, desgraçada.» Jogaria as mesóclises na parede, chamá-las-ia de lagartixa, morreria de rir de uma construção dessas e partiria para outra como nos é de destino.
E assim. Fui. Assim, simples.

O amor é gema de ovo no copo azul lá do céu. A felicidade mora no apartamento ao lado... Só se engana quem quer.

Dura um dia. Dois. Quatro anos. Depois pára de durar. É do jogo das algas marinhas e do dormir em conchinha. Não esqueço que o amor fecha as portas às três da madrugada e fica surdo. Há alguma inteligência nisso. Só pode. Não insistir. Suspirar. Reconhecer. Está de bom tamanho. O amor acaba. Com uma porta que bate, um telefonema de madrugada, um grito.

O amor acaba.Se não acaba não foi amor. Foi biscate emocional. Dói. Faz parte da idéia. Acabar aqui e começar ali. Com a diferença de que o amor não vale nada. O amor é armadilha sem futuro, punhado de frases banais significando todas a mesma coisa.

As pessoas são diferentes, estou de acordo. Histórias de amor são todas iguais. Volta. Abraça-me. O amor não doerá mais. A solidão na boa. Corpos que se entendem, almas não.

O amor é o mesmo desconforto de sempre. Cada um fala uma língua. Não há paz. Não há experiência que alivie o sofrimento do próximo desencontro. O amor é o tal carro com os faróis virados para trás, iluminando o passado e seu caminho já percorrido. A dor de ontem não alivia a de amanhã. Dói sempre mais. Peito partido, coração alquebrado, solidão-filha-da-mãe..

É triste. O amor é triste. ...é de chorar com seu desapego ao que possa ser qualquer aceno de felicidade. E se a esperança existe, deixaram na mesa de edição. Chora-se muito. Na tela, na platéia. Em todos a impressão de que a única mensagem positiva é a do amor sem optimismo. Não dá para ter esperança em comunicar a paixão ao outro. «Desejo-te. Ela não me deseja.» Eis o diálogo que mais se ouve nas ruas.

O amor é isso que se vê. Hoje beija, amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será. Ninguém entende nada, mas eu quero ver outra vez esta história. Ninguém quer aprender. Se tirarem esse impulso de infelicidade de nossas vidas, ninguém sai mais de casa para trabalhar. É o que nos resta. Zumbis numa viagem para longe... quando a memória de quem se amou não mais doerá.

Psssst, faz favor... Um bilhete pra mim nesse comboio. Sim. Sem volta.


J.S.


(roubado)

18 setembro 2007

... onde vais José??

..não posso adiar ainda que a noite pese séculos... e a aurora indecisa se demore.

... vou ter com o pombo que se recupera no meu quintal, vou ligar o motor do barco que me leva lá com o Vital, vou comprar sardinhas a terra, como se vivesse no espaço, vou nadar, vou voar e comprar pão, tinta, uma âncora e carvão...


a minha lista é enorme, por isso vou marcar uma hora decente para não vir sozinho.

15 setembro 2007

Sign 'o' The Times

... mess with your mind hurry before it's too late let's fall in love, get married, have a baby...
We'll call him Nate if it's a boy...

. acredito que o verdadeiro amor só se consegue com a imaginação. quanto mais não seja porque o nosso maior (e melhor) orgão é o cérebro.

. acredito que para ser um verdadeiro pai vou ter que sentir o meu tempo absorvido (totalmente) pelos meus filhos, e não vou ter disponibilidade para mais nada e não posso encarar esse facto como um fardo.

(ai, que seca...)

liposuction, breast implants, penis enlargement, nude babies, easy money, tarot, horoscope...


assim consigo mais leitores, assim tenho este post como um dos mais lidos da estratosfera.

11 setembro 2007

Paraíso Perdido

confesso que prometo aos meus muito mais do que foi a minha realização. engano-os com as minhas opiniões colocadas na idade deles e admiráveis porque passaram por um processo de superação que hoje faz sentido mas na idade deles (e na minha) não.
é assim, minto, engano quem tem vontade de ser enganado sobre o seu presente com o meu, ou com o que imagino que poderia ter sido.

lá vai, lá vai, no fundo sou um mentiroso porque pouco do que eu digo é verdade embora não seja completamente mentira. digamos que é um processo em que coloco o que aprendi em quando não o sabia. claro que um "Deus" esclarecido desmontaria o meu engano em menos de nada.


e assim vendo fumo.
imagina que dentro do grupo de pessoas das tuas relações há uma que te incomoda particularmente ao ponto de sentires vontade de a agredir das várias formas em que isso te é possível.
imagina que foste educado numa sociedade em que a agressão é normal e aceite como algo corrente no dia-a-dia.
provavelmente vais tentar "destruir" essa pessoa sem pensar que lá por dentro há um ser humano com duvidas e ansiedades como todos e que, se calhar, aquilo que te irrita tanto nela é a sua forma de se defender contra as suas próprias fraquezas.

é.


quando o vires de joelhos a olhar para ti, sem compreender o motivo da agressão vais saltar fora do teu ódio e cair no facto de não saberes resolver o problema dele nem o teu. castigaste-o para te aliviares da tua irritação mas não acrescentaste nada de novo ou de melhor ao teu mundo.

é.


deixo aqui a minha empatia para quem não pode compreender o ódio alimentado em quem não te conhece. mesmo que lute por ti. mesmo que sofra contigo. lembra-te. o ódio não tem razão e não é razoável.


é, hoje é dia onze de setembro.

08 setembro 2007

Luciano

(o tempo de uma lágrima que desliza pelo rosto...)





emoção...






paixão...







Sei que te vou ouvir cantar outra vez, nem que seja na minha voz. Canto e ouço-te a ti.

A minha solitária homenagem.

24 agosto 2007

sobre a beleza

esforço-me por criar um ambiente agradável para tu e eu nos sentirmos tranquilos quando visitamos o meu blog


ser-se bonito é fodido...



(Pedro, pára de cantar e escuta o que o pai tem para te dizer...)

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ando a ver se evito fumar, zzzzzzzuuuuummmm zzzzzuuuummmm zzzzzzuuuuummm zzzzuuuummm zzzuuummm zzuumm zum zum zum zum zum...

li, faz pouco tempo, que talvez 24% das crianças sejam hiperactivas até aos 8 anos...

li, faz pouco tempo, que as infecções estão a evoluir mais depressa que os antibióticos...

li, faz pouco tempo, que vivemos uma pandemia de gripe das aves...

li, faz pouco tempo, que o Iraque é um país mais seguro, que a China é uma democracia, que São Tomé (e príncipe) não tem dinheiro para pagar energia...

não sei, pelas informações, quem é Dua Khalil Aswad, não faço ideia que já posso comprar uniformes para a escola dos meninos em kevlar, nem que num país seguro como a Inglaterra só neste ano já lá vão onze, ou doze, ou treze... todos com menos de doze anos. Uns por desentendimentos à porta da escola, outros porque os gangs se zangaram ou...

(deve haver algum erro informático na estatística...)

Até porque eu estou um bocado cansado. Deve ser por andar a evitar fumar. É um problema...




Vamos ao cinema?

19 agosto 2007

o que foi que eu disse?

portanto, tenho a boca a sangrar. não sei se foi do que eu disse ou do que me disseram...

não deve ser do que ouvi porque aí seriam as orelhas



cospe para o chão, lava a língua. olha, pára esse avião...


27 julho 2007

a olhar para trás...

e a ouvir a música dos golfinhos, tempos houve em que para o meu filho não se ouvia outra coisa lá em casa.
agora quando o vejo tantas vezes distraído pergunto-me que música estará a passar naquela cabeça e que pensamentos o absorvem tanto. exaspero com a sua ausência e tranquilidade interior quando é precisamente isso que eu desejo que ele tenha.
Pedro, escuta...
Pedro, já te chamei quantas vezes?
Pedro, não limpes as mãos à camisola.
Pedro, puxaste o autoclismo?

Pedro, pára de cantar e escuta o que o pai tem para te dizer...

Pedro, quando é que vais ser perfeito?
Pedro, quando é que vais deixar de o ser...

perfeito é desligar o rádio, apagar a luz, sorrir e dizer olá. lavar as mãos, os dentes, tomar banho e transmitir felicidade.
portanto quando eu ou tu formos assim e estivermos sem vontade de tomar banho no mar à noite ou uivar para a lua, correr de braços abertos ou apanhar chuva com a língua de fora podemos dizer ao nosso pai ou à nossa mãe "agora sou perfeito"... entretanto vou buscar o Pedro à cama, vou pegar-lhe ao colo e vou dormir com ele na rua.


até amanhã.

24 julho 2007

Tempo

e o que me dizes do recomeço?

e quando abres a cascata da emoção, quando tudo o que tinhas lá dentro, ofendido por falta de espaço, sai?


quando abraças, quando te encostas, quando aqueces, quando olhas, quando amas e quando amas?



... pescoço ...


é ou não respirar?

16 julho 2007

Intimidade

=medo

Se tu quisesses eu encostava este corpo a ti
Se não te...

Se não te incomodasse eu dar-te-ia a mão, tocava-te com a minha no teu pescoço, não para te acordar, mas para te ouvir dizer a palavra pescoço.

Tocava-te com os meus lábios na anca para sentir o som dos teus lábios, anca...

assim fosse a

12 julho 2007

Lua nova! Lua nova! Escondido o corpo e a lua, escondido o meu olhar.


Lua nova! Água fresca! Trás-me o teu corpo. Não te vejo, ouço-te. Não sei se estás a cantar para mim...


Lua nova... com os teus dedos podes...


Onde estás? Passaram tantas horas, tantos dias, semanas, ...meses...






- Ainda te lembras de mim? E as tuas mãos já não me reconhecem?

10 julho 2007

Sonho de uma noite de verão

Aparece por lá, um dia destes, praia de São Pedro, encontras-me a tentar acalmar o são Pedro, são, mais sano que nós, mais "eu estou no mundo" a tentar evitar que eu lhe enfie uma pizza boca abaixo, porque não tem salada ou porque não tem ketchup ou outra coisa que lhe venha à cabeça...

Será talvez o único que se senta a pensar se o mundo não fará outra coisa senão andar às voltas com "eu" a tentar enfiar-lhe uma pizza boca abaixo, com medo que ele não sobreviva se não comer... a tal pizza... um peixinho grelhado? Ná! Quero dormir com a mamã.


Certezas, certezas, o mundo está cheio de certezas abra eu os olhos para elas.

04 julho 2007

A oeste nada de novo...

Broken bicycles, old busted chains, rusted handle bars out in the rain. Somebody must have an orphanage for these things that nobody wants any more: September's reminding July, it's time to be saying... good-bye.
Summer is gone, but our love will remain. Like old broken bicycles left out in the rain.
Broken Bicycles, don't tell my folks; there's all those playing cards pinned to the spokes, laid down like skeletons out on the lawn.
One wheel won't turn while the other has gone.
The seasons can turn on a dime, somehow I forget every time;

These things you've given me, they will always stay.
They're broken... but I'll never throw them away.

tw



Estás parecido comigo amigo, "coma 3" que mistérios contemplas na tua alma?
Quando os vais partilhar connosco? Ou será que vais querer que vamos ter contigo lá, onde sorris para nós...

Realmente, todos os sorrisos são bonitos e mais ainda aqueles que nos fazem falta.

27 junho 2007

vento

l e n t o t e m p o

sai da frente, exaspero, o tempo...

falsa partida, volto atrás, o tempo. corpo de quase velho em mente adolescente. a precisar de obras, o corpo. a precisar de tempo, a mente (aos saltos, a esbracejar, como quem chama um vento) desajustada, trago comigo as almas que amo e nem assim o vento me leva. tão lento quando o quero veloz, tão veloz quando o quero lento.
dá-me mais uns anos atrás, quero visitar caras que não me conheciam antes e não me conhecem hoje. transportar-me para um tempo em que o tinha (o tempo de uma lágrima que desliza pelo rosto. não a quero apressar, quero sentir-lhe o frio que desliza. não a vou limpar, não vou fazer de conta que ela não está...)
hoje acordei com uma sensação estranha na cara. banho, gravata no espelho (rugas...) um "bom dia!" na nuca, conversas na nuca, trabalho no lado esquerdo, problemas no lado absurdo "até amanhã!" será que está a passar outro dia?



esta espera...

23 junho 2007

:::

não sei o que ele pensa nem sei se nos faz passar esta "chuvada" toda para ver se ainda temos em nós a inocência de chorar o amor perdido, mas pela primeira vez na vida me sinto grato por ter olhado para o meu trilho.

entre o deve e o haver, parece que se lembrou de mim e resolveu dar um pouco de sol a estes dias.

embora não acredite, deixo-lhe esta vela...




Obrigado!

19 junho 2007

a fugir em quarto crescente, a minha alma desanda, tresanda. transporto comigo o sentido da fuga...


cheiro a medo.

17 junho 2007

sem grandes delongas, reabri as caixas de comentários.




- está ali!!! olha, pisa! pisa! dá-lhe com a vassoura!



- pôça, pá!!! deixaste-a fugir...

15 junho 2007

não tenho tempo para estas merdas

Estou um bocado cansado. não estás tu também? assim eu to dissesse e não te faria diferença nenhuma.

Tenho o bolso cheio de moedas e estou farto de andar por aí, à toa...





I quit.

14 junho 2007

e aqui chove

a sério, aqui em cima do teclado.

a minha primeira namorada tinha vinte anos e eu dezasseis, deve ser por isso que ainda olho para a janela dela apesar de me ter ensinado o sexo e me ter mandado dar uma curva.
lembro-me que olhava para os olhos dela, sorria e captava qualquer coisa. ainda hoje não percebo as mulheres (a começar pela que vive comigo)

lembro-me (vou lembrar-me de outras coisas) de desabafar com um amigo que "não tenho tempo para estas merdas" com dezanove anos...
um dia, entrei numa casa de estudantes e vi um tesouro, não sei explicar mas num momento "all hell broke loose", ela não se lembra... empenhei-me em estar presente em cada momento que me era possível estar, lembro-me que já a amava antes de a amar, antes de ela me trair, antes de eu a trair a ela e antes de fazer as pazes com ela uma e outra vez.
lembro-me da primeira vez que se deformou de propósito, como combinado, para que o mundo fosse mais radiante e lembro-me da segunda vez em que se empenhou...
olho para o sacrifício e questiono-me se seria capaz. olho para o resultado e chego à conclusão que sou egoísta.

é, não contei amores de verão nem amores platónicos porque realmente só estou aqui à espera que pare de chover para me ir deitar...

12 junho 2007

onde vais?

sou frio? sou frio.
comprei uma casa à pouquíssimo tempo. um grão de areia em comparação com o tempo que tenciono viver nela.
comprei uma casa? ninguém compra uma casa, compra-se um lugar, um local, uma intenção. uma casa é onde se é feliz. uma casa na pradaria, uma casa no campo, uma casa na praia...

enquanto lavrava o quintal notei que de vez em quando caía qualquer coisa do telhado.
do meu telhado caiem pássaros. caiem como o meu filho caiu de um carrinho de supermercado, com estrondo, um som seco, um pah...


hoje peguei no meu coração e levei-o comigo a passear, quando voltei com ele para casa abri um buraco no chão com a minha picareta e atirei-o lá para dentro. depois fui buscar a minha pá e deitei-lhe para cima a terra que sobrou.
é assim que se deve tratar um coração partido. calcas com a pá e vais-te embora


(precisava que o incómodo que sinto nas costas crescesse e crescesse e ganhasse ossos e ganhasse penas e se transformasse nas minhas asas)

10 junho 2007

A frivolidade só é frívola para aqueles que não são frívolos

será que ainda há pachorra para aturar as minhas indefinições e as minhas perguntas sem resposta?
hoje peguei no meu rapagão e levei-o comigo a almoçar.
acredita se quiseres mas vesti uma roupa suja e pouco cuidada, peguei no mais velho e fui almoçar com o "povo".

lambuzou-se a comer sardinhas, lambuzou-se a comer porco e lambuzou-se a comer gelado.

como podes ver sou um pai simples, ou hoje fui...
tenho que te dar razão, o amarelo até fica bem na minha cozinha nova... estou é um bocado cansado de cavar o chão onde vamos plantar a relva e não estive nada bem no jantar da minha irmã




para onde vai o amor quando se acaba?

09 junho 2007

aqui ao lado, empresto-te as "aranhas", dou-tas, não preciso delas. preciso de um manejar calejado para mim.


ásperas... árduas... duras, preciso que tenham marcas e cicatrizes para me pedirem para falar.
preciso que me olhem para os dedos e sintam que o amor só pode ser trans... foda-se!



precisava mesmo era de emigrar. precisava que o incómodo que sinto nas costas crescesse e crescesse e ganhasse ossos e ganhasse penas e se transformasse nas minhas asas.



sei bem o que fazer com elas



ok, aceito. vou escrever à toa

08 junho 2007

ando à procura da tecla do "draft" e não a encontro





deixa, ando a escrever à toa

07 junho 2007

smashing pumpkins

a melancolia e a infinita tristeza


somos assim

estamos ao teu lado, não te falamos da tristeza do ser, não sabemos explicar...


somos invadidos por uma emoção que não nos larga...


(o tal)


estamos "aleijados" de qualquer coisa que não entendemos. queremos tantas vezes funcionar
tantas vezes a melancolia se sobrepõe.


realizamo-nos no excesso, no excesso comunicamos, excessivos na forma de falar contigo. na forma contida de ser

ser assim, sem forma, impessoal, inumano. contido

06 junho 2007

sobre a dor

peço desculpa a quem ainda lambe feridas mas falo sobre a minha dor.

peço desculpa a quem muito me ama mas a minha dor hoje fala por mim. hoje vem ao de cima e não é com esse amor que ela se cala. nada, dói-me.


quanto mais me dói mais cedo, mais olho, mais ávido do que ainda não realizei.

05 junho 2007

no fundo

patíui ta tarara iui iii iui rara rara rara if iii i i i tatat atatata iui ii iiui manana iui nanana


(devem estar quase a convidar-me outra vez para a "liberdade")



tititi iii tarara... ptptpt.....


... e assim, de uma maneira que ninguém conhece, portanto poucos ousam duvidar, me apresento, o "tal"


eia, eia, iiii pituií nananana ptshhhhhhhh (clap, clap, clap...)

04 junho 2007

vazio

para quem vier visitar o meu lugar apenas pelas palavras do post anterior gostaria de avisar que elas não foram escritas por mim (com excepção da ultima linha) foram integralmente roubadas de um comentário uns textos mais abaixo.

para quem espera que eu vá fazer comentários ou divagações ou considerações sobre a decisão dos outros remeto para textos ainda mais abaixo.

respeito acima de tudo as decisões de quem amo. para isso serve a amizade.


sobra o vazio

02 junho 2007

sobre a vaidade, a amizade, o amor, a emoção e o resto...

...enrolo o meu olhar
pelas voltas do teu rumo,
Alma Grande o "meu" José!!
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(...dá um jeitinho, encosta-te, chega-te um pouco para lá… tenho um choro a querer passar...)
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[An inch...small, fragile and it's the only thing in the world worth having.We must never lose it,or sell it,or give it away.We must never let them take it from us.].
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...e virá daí a força. a do querer, da ilusão, da certeza e incerteza, do choro e do riso, da nítidez e do blue...mais escuro.do que criamos, interrogamos... dos momentos de apáticos zeros, das dores e dos grandes prazeres que superam dias assim.

...dias em que não sei, até
que ponto, poderei alguma vez...agradecer!!(??)
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[I shall die here.Every
last inch of me...
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.wish i could...]

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i wish i could kiss you!

01 junho 2007

foi na loja do mestre andré...

que eu comprei um tamborzinho, tum tum tum um tamborzinho.
cada vez me sinto mais um tamborzinho, tum tum tum, leva na touca, cantem comigo:

tum tum tum, leva na touca, tum tum tum, aguuuenta...




está por aí um mar revolto, vou tentar pôr o blog ao sol a ver se se safa da intempérie.

o que nos vai valendo é que depois da tempestade vem a bonança. virá a tempo, virá a tempo de salvar as almas da gente.

30 maio 2007

ainda aqui está alguém?


vá, vá, vão-se embora que o autor quer respirar
quero ir-me embora para qualquer parte, respirar fundo porque a pressão não tem escape, não está fácil arranjar os dentes, não sou gente que chegue para tal obra e estou cheio de vontade de dormir à frente da televisão.
estou com certeza a repetir-me mas só me apetece abandoná-lo ao conforto do silêncio e da apatia.


babo-me, babo-me, torno-me difícil de aturar, complico-me e complico a forma de falar comigo. fecho-me, encosto-me a um penedo e deixo-me tornar num penedo... já não estou receptivo à mudança e custa-me dançar.

estou mesmo a pedir que me deixem...

29 maio 2007

sobre a terra

que é, infelizmente, onde os meus pés estão assentes.
gostaria de informar os três ou quatro "amores" que de vez em quando me honram com a sua visita, que amanhã, quarta-feira, 30 de maio de 2007, vou fazer greve.

é isso mesmo, escusam de vir cá...

não estou, não vou escrever nenhum post e espero que ninguém se lembre de enviar o meu número de contribuinte para a estatística de alienados do estado porque eu vou processar essa gente e provar que eu não sou eu.


(custa um pouco decifrar o tate-bitate, por isso, se alguma frase soar estranha avisem-me e eu pergunto-lhe o que é que ele queria dizer com isto...)

28 maio 2007

please could you stop the noise, i'm trying to get some rest...

hoje e amanhã leio e amanhã vou pôr em prática um novo sistema de educação, o sistema jo. segundo o sistema jo não é necessária intervenção matinal de "ordem e progresso" nos meninos, é deixá-los saltar e acordar toda a gente, é vê-los por aqui aos saltos. inclusive neste blog...


;)


até parece... (que sou um ser humano)


como diria a minha amiga; calma, calma...

25 maio 2007

Sobre a consciência

Falo por mim, existem vários estados de consciência ou estados de percepção de cada um

estou numa atmosfera animada, onde me ocorrem ideias
estou à conversa, falo com amigos sobre amigos e não concretizo

estou a olhar para o meu umbigo (estou quase sempre a olhar para ele, José)



não quero falar só com ele e vai-se chegando a hora de concretizar... difícil porquê? estarão assim tantos a olhar para mim, à espera que eu ensine o quê? ou que diga o quê? realmente não tenho muito com que me preocupar, fosse eu um gajo de se preocupar...


José... ensina-me

o que é que eu tenho que fazer para não me atormentar com a minha consciência? não me digas que a culpa não é minha, e não me digas que não sabes...


diz-me...

19 maio 2007

Para onde vai a luz quando se apaga?

Está aqui no meu corpo e sinto o seu movimento quando me movo.
Está aqui no meu corpo e sinto-me transparente a si
Está aqui à minha volta, assusto-me com a sua ausência, com a ausência de si


(... às vezes parece que esteve sempre aqui ...)

15 maio 2007

Sobre o ódio

(vai custar um bocado, mas cada letra vai escrita com ódio)
O ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, pedofilia, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o
ódio, drogas duras, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, escravidão, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio dua khalil aswad, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, o ódio, brutalidade, o ódio, o ódio, o ódio...


como é que se lida com problemas destes? o que tenho que fazer para mudar o mundo? será que o mundo vai mudar? para onde vamos? tu e eu? vamos em frente?


o que é ir em frente?

13 maio 2007

A queda de um anjo

Hoje, pouco antes da hora do almoço e perante a minha completa impotência, caiu. Com estrondo, com dor, com um imenso perigo, caiu à minha frente.
Peguei-lhe como quem pega num tesouro, encostei-o ao meu peito e deixei-o chorar a sua mágoa e a sua surpresa na descoberta da violência e do embate.

Hoje, pouco antes da hora do almoço e perante a minha surpresa, ganhei um novo medo. O medo de lhe perder as asas... O medo de ter medo.
Aqui sentado, a olhar os teus olhos no espelho, depois das horas de angústia ganho novas certezas.

Apercebi-me hoje que mais importante que ter asas que voem é ter asas, mais importante que ser reconhecido é estar agradecido, a "um Deus desconhecido", mas grato.


Hoje, pouco antes da hora do almoço e perante o meu espanto, a minha mulher e o meu sorridente pai, mudei.

11 maio 2007

Jane



Não sou indiferente ao elogio.

não vou negar que tirar a minha roupa seria ambicionar a que me lessem. e tentem, despir é menos simples do que parece.

para aceitar tão grande elogio sei que tenho que mencionar cinco blogs que leio e que me fazem pensar. claro que aceito, não fosse eu assim tão vaidoso para recusar...

queria apenas anotar que aprecio muito os blogs escritos com as palavras do próprio.

em primeiro lugar gostava de mencionar um depósito de água onde tantas vezes matei a sede, mesmo que repetidas. mesmo fechado.

segundo, a minha desconhecida Clara que não precisa de esperar mais pelo meme "I'm a wonderful housekeeper, everytime I leave a man, I keep his house." Zsa Zsa Gabor

terceiro, (e a ordem não é importante) a deligente sobre-o-nada para quem a menção não quer dizer mesmo nada. "manhã, os meus foguetes acabaram, agora caminho e não vou pelos ares"

quarto (porque são cinco) e porque "eu também sei ser careta" o fantástico Abssinto que compreende o amor como nada nem ninguém; ora "- Diz-me por favor quem és e por onde tens andado? Aliás... porque só agora nos conhecemos, ao fim de tanto tempo?"

por último, a razão de eu A.inda continuar a escrever A.inda que não seja simples, A.s vezes por telemovel, A.s vezes por mail, outras porque sim, mas sempre por inspirA.ção.

sempre uma interrogação...

09 maio 2007

à conversa com um amigo

...
(pouco importa o tema da conversa, aparecem-me na mente todas as ideias, e claras, sobre a minha vida e a minha realidade)
- o azul é azul, define azul...




- deito-me, acordo com os meus "bichos" aos saltos e opto por me ir vender em vez de ficar aqui à conversa contigo. parece-te bem?




- no fundo amo-te. achas que alguém vai levar a mal?

30 abril 2007

Ele

Misterioso, o rapaz. Os pais pensavam que iam ouvir um não acabar de queixas e vai-se a ver é o preferido de todos protegendo inclusive os mais pequenos das agressões da idade.

O meu rapagão...

Só tenho pena que seja assim tão parecido com ele próprio e às vezes desligue. Tem lá um botão que o abstrai do mundo e mergulha no dele. Alienado é o que é. Tão novo e já tão alienado. Conversa com ele próprio, irrita-se se o interrompem, imagina o espaço e os planetas, quer construir uma nave para viajar por aí, sei lá, está a fazer a sua própria cama para viver só.
A menos que encontre algo que lhe encha a imaginação. Tem que vir dele, não dá para vir de fora...

(estou a reparar que os meus dedos a bater nas teclas parecem umas aranhas)

- Alô, é da protecção social? Estou a olhar para uma criança que precisa de ser protegida de excesso de imaginação. É que os pais não o estão a castrar o suficiente para o standard que ele precisa de ser para sobreviver, acho que está a ser exageradamente criativo e se não o travam já vai ser infeliz, tipo pintar o cabelo de azul, ouvir musica que não lembra o diabo, não falar com ninguém, sei lá, essas coisas que vocês sabem...

Até porque as pessoas com quem ele se poderia identificar têm o estranho hábito de não falar com ninguém sobre o que pensam.



(não achas que a palavra "voçês" pareçe um panhonha com a língua de fora? e que apalavra parece "apalpava"?)

25 abril 2007

outra vez sobre a intimidade...

e então? quem vai levar os meninos?
eu encosto-me mais um bocado a sentir o teu quente, o que me dizes, o que queres que eu seja...

(obviamente vais tu e eu sei que um pouco de mim ficou por ali, encostado a ti ou ao quente que foste tu, que tu deixaste para mim)

sobre a intimidade está o cansaço, o meu cabelo que parecia não caír, o tempo que passa, o meu filme mudo, o nosso ar carrancudo e... e o teu nome. vezes sem conta repetido, dito, falado, telefonado, emitido, SMS...
de dois em dois meses dou-te a mão e caminho ao teu lado, eu esponja de mim dou-te a mão. lá está, sobre a intimidade posso falar da tua mão; tem ossos, tem veias, tem tu do outro lado e eu por aqui.
Sabes, sobre a intimidade sei que daqui a dois dias me vais dizer que me amas ou eu te vou dizer que o amor...

faz de conta, como tu sabes, o amor não existe. e como tu dizes muito bem o que existe é a felicidade.



(ainda não foi desta...)

05 abril 2007

Sobre a censura

Confesso que este post estava recheado de vernáculo na minha cabeça, mas acho que consigo assentar e escrever de uma forma que o censor o possa ler.

Começo pelo fim:
Vejo o censor literalmente como o homem que bate na mulher ou nos filhos, ou na avó ou que tem vontade de lhe bater.
É alguém cuja educação e exemplos não exclui a violência como uma forma de resolver os problemas. Considera-se melhor que os demais e está convencido que as suas opiniões são mais claras ou esclarecidas que as dos outros.
Penso que o ideal de mundo para ele seria a “rapaziada” toda de botas pretas e capuzes brancos com as mulheres em casa, de avental… Só não sei como se iriam entreter, uma vez que não haveria “diferentes” para zurzir.
Como a sociedade mudou e já não lhe é permitido agredir fisicamente os que são diferentes dele passou a agredir de outra forma; ofendendo, dificultando, maldizendo. No fundo tentando desanimar a expressão de criatividade por parte de quem a tem e o usufruto dela por parte de quem o quer.
Porque será que quanto menos valor uma pessoa tem mais precisa de se afirmar como o melhor, o ilustre, o sábio...



Acho que tens um vírus no teu blog.

era só...

04 abril 2007

Sobre a intimidade

- Eu sou a imagem de um rochedo intransponível.
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- Eu sou a imagem de um riacho saltitante.
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(censurado)

01 abril 2007

Sobre mim

Sobre quão simples é elogiar o que não conheço e quão raro é apreciar o que está tão próximo de mim.
Dorme aqui ao lado e
Dorme breve breve ao meu lado

Sobre a partilha dos meus sonhos, sobre a partilha dos meus enganos e sobre a partilha dos meus defeitos
Dorme, dorme e acorda com os meus silêncios

Sobre quando fomos reis de uma praia, sobre quando fomos convidados do rei, o "rei da russia" (o rato roeu a rolha...) e lado a lado descemos uma e outra montanha
Dorme pouco, dorme na avidez do sono, dorme os meus pecados.



O amor às vezes está tão cansado...

31 março 2007

27 março 2007

19 março 2007

Olá ! ! !

Para os meninos que a M. anda a aturar...






... agora vamos brincar com barquinhos de papel (obrigado masturbatrix) jogar à bola e andar de bicicleta.


Estou além...

14 março 2007

O que é isso que ferve dentro da tua pele?
Que nome tem? Que sabor dá?
Tem o cheiro do medo ou a fome do olhar?
Como é que se usa? Como é que se leva?
Pendurado na boca ou aquecido na mão?
Viaja no vento ou debaixo do chão?
É só impaciência? É insatisfação?

O que é que o aperta?
O que é que o agita?
E o que é que lhe chamo nos dias cinzentos?
E como é que o sinto nos dias relâmpago?
E como é que o limpo?
Por onde se pega? Como se esvazia?
E como é que se torce, amarfanha e esconde?
E como é que se entrega, aceita e dispensa?
Como é que se dá? Como é que se perde?
Como é que o mastigo? Como é que o vomito?

É só impaciência, é insatisfação?
Com que é que o encho nas horas vazias?
O que é que lhe faço nos tempos da raiva?
Com que é que o visto nas manhãs de pedra?
Que cara lhe ponho?
Para onde o atiro?
Que sonho lhe entrego?
Que ferida lhe lambo e que grito lhe dou?

É só impaciência ou insatisfação?
E como é que se esquece? Como é que se esquece?
Como é que se apaga?
Como é que adormece?




E com isto só vou ficar mais magra...

06 março 2007

Sobre o amor

O amor às vezes vai passear, às vezes não liga o telemóvel e não se consegue falar com ele. Está de férias numa ilha de encantos seus e está distraído.
O amor é um velhote com a pele morena do sol e do sal que fala comigo numa língua que eu não aprendi, não quer ouvir o que eu lhe digo e não liga ao que eu lhe peço.
O amor dorme enquanto eu descubro o amor e penso que o amor me descobriu a mim.
O amor é assim à duzentos anos e quer que o meu amor seja assim... com duzentos anos e eu, eu quero que o meu amor seja assim, com esses duzentos anos e não mude.
Não quero sentir que eu mudei, não quero sentir que o meu amor mudou e não quero sentir que o meu amor aumentou.
O amor é tão pequeno.
O amor é tão grande.

O amor às vezes está tão cansado...

02 março 2007

E outra vez os meninos...

Apercebi-me recentemente que aconselham os pais a deixarem os seus meninos com conhecidos seus para estimular a aquisição de outros valores que não, exclusivamente, os dos seus pais. Facilitando assim a sua evolução e auto-imagem por forma a não criar adultos que tenham dificuldade em resolver os seus problemas porque não se sentem capazes de reproduzir a imagem que construíram dos seus próprios pais.



Foda-se!




(será apropriado?)

16 fevereiro 2007

Alice

Do lado de lá há um vidro onde as gotas de chuva vão batendo e os salpicos de olhares se cruzam consigo.
Parece-me que deste lado tenho uma imagem invertida da realidade. O olho esquerdo é o direito, o destro é canhoto, o sincero nem por isso e a veemência aparenta fragilidade (enquanto isto durar vou ficar aqui sentado)
O meu absurdo toldou-me a mente, impede-me de sair da minha varanda e enquanto me recusar a olhar por "esse" lado do espelho ninguém me vem visitar.

29 janeiro 2007

Era uma vez...

Muitas vezes foram uma vez que foi, foi uma vez...
Foi, foram muitas vezes, muitas vezes lidas, muitas vezes dias em que muitas vezes vez foi de ler, de contemplar, de escutar, como se escuta a palavra lida, a imagem e o som.



Era uma vez...



era uma vez um dia que foi um dia uma vez o dia em tu pensas e olhas para trás, olhas para o teu pensar o dia e o dia está atrás.



Love You

27 janeiro 2007

Merda!!!


MERDA!!!

24 janeiro 2007

19 janeiro 2007

ok, ok...

Vou mudar de casa, vou-me embora, vou vender as paredes, o tecto, o chão e vou trocar a minha varanda por um quintal...
Quando as saudades de ver o mar aparecerem posso sempre encher um alguidar com água e brincar com barquinhos...


...com os meus meninos, vou poder fazer as pazes com os meus meninos e com o eu menino.

10 janeiro 2007

Sem Abrigo

. Porque...
. e porque...
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Estou

04 janeiro 2007

Respiro

Os meus dedos na tua testa, os meus dedos na tua face, os meus dedos no teu pescoço.

estico as pernas e os braços e enrosco-me em ti. dou-te o meu corpo, o meu calor. canto-te o meu eu e a minha vida. sinto o teu respirar e o teu calor. passo o meu (a)braço por debaixo da tua nuca e encosto a minha perna nas tuas costas. agora estou só a ouvir-te respirar, sinto-te descontrair, mole, cada vez mais mole, agora sinto que te amo e acompanho o teu adormecer, respiro, respiro, não posso deixar de respirar mas posso acompanhar o teu com o meu.

(o tempo não está a meu favor, eu só quero amar-te, não posso fazer hoje muito mais do que isso, mas sei que amanhã não vais respirar comigo)

deito-te, estico-te, tapo-te, ponho as minhas mãos sobre o teu peito e penso em calor...

como numa estranha dança levanto as mãos no ar e recolho-me.






respiro
Provavelmente uma das pessoas mais preguiçosas que poderá ter o desprazer de conhecer...