16 fevereiro 2007

Alice

Do lado de lá há um vidro onde as gotas de chuva vão batendo e os salpicos de olhares se cruzam consigo.
Parece-me que deste lado tenho uma imagem invertida da realidade. O olho esquerdo é o direito, o destro é canhoto, o sincero nem por isso e a veemência aparenta fragilidade (enquanto isto durar vou ficar aqui sentado)
O meu absurdo toldou-me a mente, impede-me de sair da minha varanda e enquanto me recusar a olhar por "esse" lado do espelho ninguém me vem visitar.

20 comentários:

A. disse...

_______________________...






oh José.


...já volto.

A. disse...

"Começas por dentro, metódico: apontas; apontas: coração. Um pequeno órgão que bate e que te sustém – culpado. Tergiversas; faz parte do doloroso processo de subsistência de um respirar exterior – atacar o que controlas; ou: atacar o que, de forma incontrolável, te foi impingido como controlável.
Ossos, músculos, veias, ligamentos, vísceras: o espelho mente-te; nada do que és – ossos, músculos, veias, ligamentos, vísceras – é o que é um espelho. Explorar: o que está por dentro de um vidro? Sem pressas: partir, olhar, analisar. Pedaços de vidro como pedaços de ti – ossos, músculos, veias, ligamentos, vísceras. Sem receios: o sangue de um espelho. Tem a tua cor, tem a tua textura, sai da tua pele; mas não tentes mentir: é o sangue do espelho. Reconstruir um espelho é um projecto arquitectónico complexo, lento – aproveita-o; melhor: apreende-o. Reconstruir um espelho como destruir um alvo – como alterar as coordenadas do teu posicionamento.
Imagens: bocas abertas, lábios tremidos, gritos parados; reconstrói – como a arquitectura de reconstrução de um espelho. Peça a peça; gota a gota – ainda o sangue que sai de ti e é do vidro que sangra pelo corte que te faz sangrar – ergue-se o projecto. Sem medo..."








...sem medo José.

(e daqui ninguém me tira.)

A. disse...

Autor:Pedro Chagas Freitas.

sobre-nada disse...

Olá!

Posso entrar?

Abssinto disse...

Mas meu velho eu cá venho sempre visitar-te! Abraço, V.

Bandida disse...

... ainda posso entrar?!....






beijo

B.
_______________________

Abssinto disse...

Opá mas eu venho, a sério que sim.

ab

A. disse...

__________________________...

Varanda disse...

A. Quem me dera saber escrever tão bem como esse Senhor. Mais uma vez, Está tudo aí.

Sem medo...

Varanda disse...

sobre-nada podes, aliás, já entraste...

Varanda disse...

Abssinto eu agradeço, Abraço.

Varanda disse...

Bandida, claro que sim, e traga consigo o Veuve...



Beijo.

Varanda disse...

...vou esperar que venham mais dias de sol para vos mostrar o meu futuro quintal...


I wish...

;)

Masturbatrix disse...

Varanda, venho eu tb! (aki só para nós, eu sou colador de vidros) e
acho optimo revitalizares, envidraçares, o quintal novo...
e podes fazer mais coisas com esses vidros, cenas fixes e tal...
ah! são espelhos...
n interessa, dá na mesma!
e quando acabar o Veuve (se não acabou já) brinda-se com tintol da cooperativa, pode ser?
:)
Abraço

A. disse...

...fazes-me falta.




:/

Varanda disse...

Masturbatrix, nesta fase até se pode brindar com perfume...

;)
Abraço

Varanda disse...

A. saudades da nossa ilha...



Beijo

A. disse...

http://psicologiasdatreta.blogspot.com/2007/03/women-under-pressure.html



uma resposta merecida.

...e eu não digo?
és imenso.

:))

Anónimo disse...

ue miv ;)

Varanda disse...

do lado de lá...

Obrigado

Intimidade (embora um pouco explicito)

You've got your ball  You've got your chain  Tied to me tight tie me up again  Who's got their claws  In you my friend  In...