O que é isso que ferve dentro da tua pele?
Que nome tem? Que sabor dá?
Tem o cheiro do medo ou a fome do olhar?
Como é que se usa? Como é que se leva?
Pendurado na boca ou aquecido na mão?
Viaja no vento ou debaixo do chão?
É só impaciência? É insatisfação?
O que é que o aperta?
O que é que o agita?
E o que é que lhe chamo nos dias cinzentos?
E como é que o sinto nos dias relâmpago?
E como é que o limpo?
Por onde se pega? Como se esvazia?
E como é que se torce, amarfanha e esconde?
E como é que se entrega, aceita e dispensa?
Como é que se dá? Como é que se perde?
Como é que o mastigo? Como é que o vomito?
É só impaciência, é insatisfação?
Com que é que o encho nas horas vazias?
O que é que lhe faço nos tempos da raiva?
Com que é que o visto nas manhãs de pedra?
Que cara lhe ponho?
Para onde o atiro?
Que sonho lhe entrego?
Que ferida lhe lambo e que grito lhe dou?
É só impaciência ou insatisfação?
E como é que se esquece? Como é que se esquece?
Como é que se apaga?
Como é que adormece?
E com isto só vou ficar mais magra...
Despido de preconceitos e ideias preconcebidas. Tal como a vida.
14 março 2007
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- Varanda
- Provavelmente uma das pessoas mais preguiçosas que poderá ter o desprazer de conhecer...
3 comentários:
Por isso é tão doce dormir. Acordar, voltar a adormecer... Não remedeia mas apascenta, entretém aquilo que não podemos contrlar, né, M.?
Como é por dentro outra pessoa
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é o outro universo (…)
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras (…)
(Fernando Pessoa)
...consumida.é o nome.eu sei.
mas mais magra não, M.!!
:/
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