agora é que me é mesmo indeferente.
a minha vida está em reconstrução, nada do planeamento descambou assim tanto que não possa ser remediado. portanto posso voltar a falar do que me apetecer sem medo de ser inconsistente. eu com as minhas dores, eu com os meus desencontros, eu com os meus eu's, as minhas paixões, os meus CD's, eu, eu, eu... a fórmula é simples, eu falo de mim e quem estiver com pachorra que me ature.
para ser mesmo verdade o nome das minhas confidências tenho que começar pelo chapéu. ok, tiro da cabeça e sai a voar... tenho 40 anos, orfão recente e desajustado. um desajuste suave, comparando com o ciume que tenho da mãe dos meus meninos, até porque ninguém se oferece para me curar, intimido... (foi a camisola...)
metade do que foi a família fica na casa de onde se saiu, nem que seja metade de mim e metade da outra metade. é quase um que fica lá a acenar para o outro. (o cinto...)
- vamos começar a arrumar esta casa de cima para baixo.
um sentimento de não posse no lugar onde se vive. (uma bota...) o jardim idealizado cheio de ervas daninhas. a relva não cresce nem erva cresce na relva, a oliveira estática a olhar para a casa (outra bota...) nem para cima nem para baixo. corto-te? não te corto? (o pudor impede-me de dizer que as peúgas foram com as botas...)
(agora já sem as calças) no quarto o cansaço dorme rabo com rabo, á espera de ou do que lhe faça frente. cada vez mais "quem me protege" cada dia mais um dia, o pescoço agarrado à cabeça, cada dia menos destapado...
Talvez agora me possa olhar no corpo e entregar o que tenho ao que me espera. é mesmo assim, o tempo que passa, passa. já não é meu e já não o quero.
14 fevereiro 2008
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Intimidade (embora um pouco explicito)
You've got your ball You've got your chain Tied to me tight tie me up again Who's got their claws In you my friend In...
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__________________________ sabes...não deve ser assim. não há máquinas por ali.tem de existir um cuidado maior.o todo faz aquilo que somos.i...
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. Porque... . e porque... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Estou
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costumava vê-la sentada em sítios acima do meu chão, uma pedra (a maior), um banco de jardim cujas costas se apropriavam a um encavalitar, e...
3 comentários:
Desconstrução?...
o melhor caminho para se começar por algum sítio é o lugar vazio. e o mundo inteiro nas mãos à espera de ser agarrado.
;)
...e se me explicares, assim...
mesmo, mas mesmo muito directamente
...porque ainda não consegui atingir verdadeiramente essa viagem...........
.....ando fora d´oras, às voltas e voltas...sempre no mesmo sítio ou sei lá o que isso possa querer dizer.............só sei que cansa e farta, e já cansa e farta( agora foi o cachecol das riscas foleiras...)ponto.
sabes...My, to Daddy(64)...porque é uma benção que a vida me tem dado(grata)...(casaco ao chão)...e já só entrego ZERO ao que me espera.é o que sobra, porque migalhas também é pão e lá nos vamos habituando a sapos, sapinhos, sapões...!!
é mesmo assim, o tempo que passa, perdi-o...a ouvir silêncios e......
.........pois é, não é uma questão de...é uma questão de...(salta sapato do My left foot...)
(...e vou masé tomar banho...estou cheia de sujidades, comichões e gritarias.siga...!)
[Sed eligo quod video,collum iugo praebeo...]...é a tal opção do pescoço.é sim.
beijos Jojé
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