A estação de comboio tinha uma passagem de nível muito a proveito de quem estava do outro lado da linha e aproveitava o facto de haver uma estação e uma passagem com movimento de pessoas. A ver: um centro comercial, três restaurantes e uma loja de conveniência.
A passagem fechou e estamos no verão. Não há pessoas que queiram gastar. Não há pessoas sequer. Um dos restaurantes estava com os donos á porta, o centro comercial... não sei se volto lá a entrar, para deprimente já bastam os meus post's. A loja, a loja... Entrei para ver se havia fruta, leite do dia e cerveja. Não havia fruta, não havia leite do dia e reparei num pormenor interessante, a caixa registadora tinha a gaveta aberta e nem moedas nem notas. Os donos da loja tinham idade para serem meus avós (e eu já tenho idade para ser avô). Mesmo assim reparei que havia alguma animosidade entre eles, ambos com pele de parafina, ambos com calor e vestidos com um "pijama" fresco e ambos com um olhar de quem busca. Olhos fixos nos meus olhos, seguindo o meu olhar, fixando-se nos pontos da casa que eu via pela primeira vez e que para eles é familiar.
Paguei com alguma hesitação porque o fazia para uma caixa sem troco...
Não sei a partir de que compromisso é que se deixa de estar disponível para mudar ou se pode pedir a alguém que mude mas, por outro lado, não acho que a incerteza da mudança nos deva bloquear o espírito. O que é que eu vou fazer quando deixar de ter o rabo virado para a lua? Vou ficar á espera que voltem a abrir a "passagem"? Quantas pessoas eu conheço que não querem que o tempo mude? Eu quero que o tempo mude?
Enfim, de uma coisa eu tenho a certeza. A passagem de nível não volta a abrir.
08 agosto 2006
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Intimidade (embora um pouco explicito)
You've got your ball You've got your chain Tied to me tight tie me up again Who's got their claws In you my friend In...
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__________________________ sabes...não deve ser assim. não há máquinas por ali.tem de existir um cuidado maior.o todo faz aquilo que somos.i...
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. Porque... . e porque... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Estou
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costumava vê-la sentada em sítios acima do meu chão, uma pedra (a maior), um banco de jardim cujas costas se apropriavam a um encavalitar, e...
2 comentários:
Basicamente, sair dali para fora. Não tem futuro nem solução. O que se passa é que a maioria de nós quer ter certezas antes de fazer mudanças e como esssas certezas não existem... fica tudo na mesma. Ou muitas vezes pior, porque se vai degradando.
... manga comprida e perna comprida? Pantufas de lã? É confortável e sabe bem... num dia cinzento e frio ;)
God is happy, Mom'sa...;)
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