02 janeiro 2009

o hipopotamo e as formigas





bombas a cair, seres que pensam que vão ser sempre olhados com simpatia, comer, dentes a mastigar comer, optimista, queixar-me do terror, do que me fazem, do que sou obrigado a fazer, como se o melhor não dependesse de mim...

investir no meu amanhã, no que eu gostaria que fosse, no meu umbigo, no que me é oferecido ou que eu roubo, na minha emoção, a emoção do mundo, como se o mundo fosse a medida da minha emoção... quanto mais penso mais parado estou.
está a chegar uma nova era de gelo, frio. congelado, quase quase como se fosse acabar, como se me fosse apagar como se um fogo me fosse derreter, guardar as minhas emoções e depois as congelar numa memória que entretanto se desintegrou e desapareceu num nada que é de onde vim, para onde vou despejando o que sou, em emoções e olhares que por lá ficam. no tempo. vazio, nada. nada. nada. nada.

nada. nada. nada. andando. andando. amando. amando. vou. vou. vudu. vudu. magia mar sangue sangue sangramos e nada!


estas formigas não pensam. fazem e não pensam. deixam-se esborrachar e não acabam, nunca se diminuem, não sabem o que é. eu não consigo tomar banho aqui. agora. agora como é que eu mergulho e me afogo?






não sei

2 comentários:

A. disse...

...também não sei, José

só sei que, bonito és Tu.
Tu tu e tu.




(...aquilo, lá, foi em Março do ano passado. tira-me 4 kilos e mistura + 10 de sumo de limão
...essa sou eu agora.)



...destitute of tenderness.
_______________________________.

Varanda disse...

relentless...

Intimidade (embora um pouco explicito)

You've got your ball  You've got your chain  Tied to me tight tie me up again  Who's got their claws  In you my friend  In...