24 janeiro 2009
intimidade
daqui a nada somos velhos, quando os ensejos se tornam memórias. beija-me agora. enquanto estou bonito, beija-me, olha para mim, vou tirar o cabelo, agora...
não...
de falhar, de não ser o melhor, de não ser perfeito, de me repetir, sei lá...
volta e volta me recordo e tento ser o eu pequeno e não posso, estou demasiado longe desse eu que fui, e fui sendo, agora já não sou.
tão longe que já não faz sentido
não dá
tenho medo de ti.
10 janeiro 2009
não sei...
não percebo muito bem o impulso que me leva a escrever isto, mas estou preocupado. acho que a miséria no mundo nunca irá acabar e, no fundo, sinto-me aliviado por estar como estou, embora não ache que tenha fechado nenhum ciclo.
resumindo; a inflação no zimbabue foi calculada em 14 de novembro de 2008 como
89.700.000.000.000.000.000.000% por ano, qualquer coisa como 79.600.000.000% por mês...
e agora? serei demasiado violento? quanto custa uma maçã? quando? e o que é que eu tenho a ver com isso...
hoje o gigante foi observado à lupa e o anjo tentou ficar mais leve. se alguma coisa lhes acontecesse eu passava à clandestinidade, mas entretanto ajudem quem pode. vá, não custa nada.
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02 janeiro 2009
o hipopotamo e as formigas
bombas a cair, seres que pensam que vão ser sempre olhados com simpatia, comer, dentes a mastigar comer, optimista, queixar-me do terror, do que me fazem, do que sou obrigado a fazer, como se o melhor não dependesse de mim...
investir no meu amanhã, no que eu gostaria que fosse, no meu umbigo, no que me é oferecido ou que eu roubo, na minha emoção, a emoção do mundo, como se o mundo fosse a medida da minha emoção... quanto mais penso mais parado estou.
está a chegar uma nova era de gelo, frio. congelado, quase quase como se fosse acabar, como se me fosse apagar como se um fogo me fosse derreter, guardar as minhas emoções e depois as congelar numa memória que entretanto se desintegrou e desapareceu num nada que é de onde vim, para onde vou despejando o que sou, em emoções e olhares que por lá ficam. no tempo. vazio, nada. nada. nada. nada.
nada. nada. nada. andando. andando. amando. amando. vou. vou. vudu. vudu. magia mar sangue sangue sangramos e nada!
estas formigas não pensam. fazem e não pensam. deixam-se esborrachar e não acabam, nunca se diminuem, não sabem o que é. eu não consigo tomar banho aqui. agora. agora como é que eu mergulho e me afogo?
não sei
Relentless
Intimidade (embora um pouco explicito)
You've got your ball You've got your chain Tied to me tight tie me up again Who's got their claws In you my friend In...
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__________________________ sabes...não deve ser assim. não há máquinas por ali.tem de existir um cuidado maior.o todo faz aquilo que somos.i...
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. Porque... . e porque... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Estou
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costumava vê-la sentada em sítios acima do meu chão, uma pedra (a maior), um banco de jardim cujas costas se apropriavam a um encavalitar, e...