assim, assim, passo. eu passo
subliminar, com um tom grave e rouco. debito formas de estar. assim e assim, vais-me ouvindo e tentas corresponder. assim aprendes a ler aprendes a interiorizar, aprendes a contar, vais interiorizando, vais assimilando. e eu vou debitando, vou comprimindo, vou ocupando, vou-me impondo, sem te dares conta, sem levantar a voz. vou-te ocupando. enchendo do que eu penso em vez do que te ocorre...
trocas o amor que tens por mim e a falta que te faço pelos momentos em que te atraiçoo, em que não te ouço, em que não te mereço, em que te deixo ficar mal. vezes sem conta não entendo quem dá tudo de si pela verdade. pela sua verdade, pela verdade da vida. porque não há nada mais honesto do que a verdade. porque a verdade custa, está algures onde ainda não fomos e para onde temos medo de olhar.
a ver se não vais ser como eu
11 julho 2008
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Intimidade (embora um pouco explicito)
You've got your ball You've got your chain Tied to me tight tie me up again Who's got their claws In you my friend In...
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__________________________ sabes...não deve ser assim. não há máquinas por ali.tem de existir um cuidado maior.o todo faz aquilo que somos.i...
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. Porque... . e porque... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Estou
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costumava vê-la sentada em sítios acima do meu chão, uma pedra (a maior), um banco de jardim cujas costas se apropriavam a um encavalitar, e...
2 comentários:
(...)trocas o amor que tens por mim e a falta que te faço pelos momentos em que te atraiçoo, em que não te ouço, em que não te mereço, em que te deixo ficar mal. vezes sem conta não entendo quem dá tudo de si pela verdade. pela sua verdade, pela verdade da vida. porque não há nada mais honesto do que a verdade. porque a verdade custa, está algures onde ainda não fomos e para onde temos medo de olhar(...)
opá!
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Uma verdade só o é quando sentida - não quando apenas entendida. Ficamos gratos a quem no-la demonstra para nos justificarmos como humanos perante os outros homens e entre eles nós mesmos.
Decerto uma ideia que nos semeiem pode germinar e por isso as ideias é necessário que no-las semeiem. Mas a sua fertilidade não está na nossa mão qualidade da ideia semeada, porque o que somos profundamente só se altera quando isso que somos o quer - e não quando nós o deliberamos.
No hábito dos gestos, as mãos tecem ainda na exterioridade de nós a plausibilidade do que em nós já não é plausível. Então nos é necessário substituirmos toda a aparelhagem de que nos servíriamos e já não serve. Surpresos olhamos quem fomos porque já nos não reconhecemos.
Atónitos perguntamos como foi possível?, quando, onde, porquê?, ao espanto da nossa transfiguração, ao incrível da cilada que nós próprios nos armámos, mesmo quando foi a vida que a armou; porque tudo quanto é da vida, e dos outros, e dos mil aconteciemntos que quisermos, só existe eficaz e real quando abre em evidência na profundidade de nós. Como aceitar assim a força da razão, se a força dela está onde ela não está?
Vergílio Ferreira
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