o gigante e o anjo
irrita-o que o anjo paire repetidamente no que idealizou e que constroi tão bem
irrita-o que o anjo sorria quando ele está irado com o seu quadrado
e, grão de pó, eu abraço o gigante enquanto penso que o que é muito para mim é pouco para ele "não te irrites, mano", vais ver que um sorriso resolve isso, isso e tudo o resto, "vais ver, mano"
o anjo paira, paira sempre, está sempre presente, "mano".
quando olho para o gigante e para o anjo lembro a pressa que tinha que o tempo passasse, no meu caso para ser adulto, no deles para ser adulto. é diferente. uma experiencia. ainda não cresceu (o gigante) ou ainda não desceu (o anjo)
abraço mais facilmente o anjo e mais frequentemente o gigante, é capaz de ser a sina, a de ser igualmente amado mas menos facilmente abraçado (embora mais frequentemente)
parece-me que temos uma tendencia natural para nos rirmos com os anjos e levar os gigantes mais a sério, sem nos darmos conta que o estamos a magoar
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