Despido de preconceitos e ideias preconcebidas. Tal como a vida.

28 outubro 2006

"Hyper Ballad"



we live on a mountain
right at the top
there's a beautiful view
from the top of the mountain
every morning i walk towards the edge
and throw little things off
like:
car-parts, bottles and cutlery
or whatever i find lying around

it's become a habit
a way
to start the day

i go through this
before you wake up
so i can feel happier
to be safe up here with you

it's real early morning
no-one is awake
i'm back at my cliff
still throwing things off
i listen to the sounds they make
on their way down
i follow with my eyes 'til they crash
imagine what my body would sound like
slamming against those rocks

and when it lands
will my eyes
be closed or open?

i'll go through all this
before you wake up
so i can feel happier
to be safe up here with you



Bjork



Não sei cantar como a Bjork mas vou...

"Vivemos numa montanha, mesmo no cimo, a vista é maravilhosa no cimo da montanha... Todas as manhãs eu caminho para o precipício e atiro pequenas coisas tipo: partes do carro, garrafas e talheres ou o que encontro por aí...

Tornou-se um hábito, uma forma de começar o dia.
Passo por isto antes de acordares para me sentir mais feliz por estar segura aqui contigo.

É mesmo muito cedo, de manhã, estão todos a dormir. Estou de volta ao meu penhasco, a atirar coisas. Escuto o som que fazem enquanto caem, sigo com os meus olhos até se estatelarem.
Imagino o som que o meu corpo faria esmagando-se contra essas rochas... E quando ele "aterra" os meus olhos estarão fechados ou abertos?

Passarei por tudo isto antes de acordares para me sentir mais feliz por estar segura aqui contigo"



Ser uma mulher...

25 outubro 2006

A. said...

Entre memórias e saudades...meio atada a um passado...reajo,e torno a viver.
São caixas por fechar que não deixam fluir os momentos,e amarram amores que não existem ao amor que queriamos...porque queriamos imaginar ter.
Perdi...perdi-me do tempo,perdi por não saber sair á hora de fechar
...e esperava o toque,e uma palavra,o On e a linha...e doía ainda mais a nódoa que de negro se pisava.
Olho á volta com os olhos de quem já vê...com olhos de quem quer ser
...e entrar por dentro da paz sentida na solidão de agora.
É só longe da sede de tudo o que fui bebendo...que sacio a calma que está logo aqui...quase que se toca,quase que se ouve...e é bom saber que a vida só poderá soar melhor desta maneira assim.
Cuidado comigo.Cuidado com o meu Amor...aquele que sobra e ainda me resta...porque ao outro,é tempo de o ver seguir,acenar...não cair no canto em que chorava por fingir a despedida...e guardá-lo de forma branda pra o voltar a ver um dia com os meus olhos de rir,com os meus olhos de quem segue outro caminho...com olhar de quem já sabe que a hora nunca foi a nossa.
Alma de quem tudo de bom ainda te deseja....mas que agora espreita a rua em que me viste...e vai.
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14 outubro 2006

Contemplar V (revisto e diminuido)

Observo a minha fotografia adolescente...


Estou na prancha mais alta a desafiar o medo de saltar para um quadrado de água minusculo que encolhe com o meu medo.







Tenho a boca cheia de algodão e acho que vou apagar esta merda de post


P.S. Deixei ficar a palavra feia porque acho que me dá um ar assim... sei lá... irreverente.

11 outubro 2006

Carta a M.

(sabes amor) poderiamos ficar eternamente a discutir (eu comigo, tu contigo) que tipo de qualidade tinha o amor. Se era do bom ou do mau, se alguém tinha amado melhor ou pior, se demais se de menos, se teria havido mais bem amados e menos bem amados, se num dia assim tinha sido assado, e se noutro já o outro tinha feito de outra maneira; e nem sei se terá feito sentido discutir tanto para chegar a parte nenhuma, porque essa qualidade discute-se para se terem as certezas que não temos; e aquilo que achamos que fizemos pelo outro em silêncio pode não ter sido ouvido, essa é a característica do silêncio e aquilo que achamos que dissemos um ao outro pode também não ter sido ouvido, essa é a característica do som dentro do silêncio.

[(sabes amor) nem sei se estás, estiveste ou estarás alguma vez aqui. Sentei-me de costas para a porta, não sei se entraste se não; não te posso dizer que pouco me importa. Se te abri essa porta, esta que teimei sempre em manter fechada, foi para que visses que as almas de bonito podem ter alguma coisa, mas são cruas e são assim; custam a ver, eu sei, deixo aqui bocadinhos da minha. Não te posso dizer que pouco me importa: a ilusão de te ter por perto é-me grata. Mas não te incomodes, podes entrar ou sair, ou nem sequer vir; não darei por nada. Nem sequer altero o que aqui escrevo, são anos a falar comigo, já me conheço esta voz, a das cartas que não se enviam.]

(sabes amor) poderíamos ficar eternamente a discutir (eu comigo, tu contigo) mas, se antes não sei se terá feito sentido discutir tanto para chegar a parte alguma, agora que já cá estamos, nessa parte alguma, eu paro. Já sei onde leva esse caminho, já conheço esse deserto que fica para além deste que é, para mim, de desânimo e desespero e de total ausência de esperança. Essoutro é ainda pior, já o conheço, já mergulhei nele contigo, não quero perder-me mais (dentro da minha cabeça) em tempestades de raiva e de recriminações e de respostas a acusações e de labirintos cada vez mais apertados cujos centros não passam de uma amálgama de ódios à posteriori. Não é isso que eu quero, não é nada disto que eu quero mas dentro do que resta, não vou por esse caminho. É um caminho mais fácil, claro. A raiva mexe connosco, tira-nos da imobilidade da tristeza, oferece a energia rápida que parece ser a mais necessária para andar com a vida para a frente. É ilusória, essa facilidade, essa rapidez. Desfaz-nos por dentro, refaz-nos piores. Eu sei. Já lá estive. Não é isso que eu quero.O que eu quero é que fiques debaixo da minha pele, permaneças imutável em recordações felizes ou tristes, mas serenas. Quero guardar tudo o que foi absurdamente feliz. Quero-te por osmose, dentro da alma.

E é isso que vou (aqui) fazer.


(roubado aqui)

07 outubro 2006

... time to die

...poderá ser como o silêncio,como a não presença,como fragilidade,como omissão.a morte poderá sempre ser como a inércia,a apatia,como uma mudança profunda...como o esquecimento do significado da própria existência.é como o sentido que tantas vezes damos à vida e ao mundo em que vivemos...chegamos,lutamos e rendemo-nos quando morremos.mas também posso pensar que morrendo,o sentido dado à vida não deveria morrer...deveria sempre ficar no nosso lugar...deveria ficar por nós.



A.

03 outubro 2006

sobre a estética

jlhcv lkhhflksdh khkhfkhçf jçgjad lj jjfjfropére eirje u3i 3i isdjç sdçsdj d sahfvçadfh hfdhçkqfh fhrfh rf dfçksdfhçskdfhç kd hrfkçjdhf kçdfh hfkfj hfçdfh fçdfºjw dkh dhf d dfkdfhehf efhdhf çedh e h eçh eh ç eh ef e oef oer ehr jehç e~q+ow-df-SDHFksdfj jdfç hçdh çdh jhf çkdjhf çjkfh dçfh dfh kjhf hf kjhfjh fh çfh


São as teclas que ficam mais perto do centro do teclado. Ou melhor, imaginando duas zonas distintas, uma para a mão esquerda, outra para a mão direita, são as teclas a que se acede mais depressa....

02 outubro 2006

Hoje

É claro que recordo quase todos os diálogos do "Blade Runner" de memória, mas hoje não é dia para depressões e geniozinhos de bolso, por isso...

Out of Africa
Peço desculpa de antemão pelas incorrecções e erros mas gostava de citar um diálogo do filme, entre a Merryl Streep e o Malick Bowens, após um dos bois ter sido atacado e morto por um leão e o leão ter sido bravamente afastado pela baronesa:

- You does not have this ox, the lion does not have this ox, God is happy mom'sa, He's playing tricks on us...





Trutina Hermetis
Provavelmente uma das pessoas mais preguiçosas que poderá ter o desprazer de conhecer...